Texto de Erick Villas
Quão sãos os mistérios que inundam a face e alma de uma mulher?! Quantos são os pensamentos que se embolam com os sentimentos e disputam por um sorriso ao sol?! Se a mulher teve a origem da costela de um homem deve ter sido de uma vértebra bem próxima ao coração, pois tamanha é a influência dessas meninas nos batimentos desses moleques sortudos. Elas que carregam o futuro da humanidade em seus ventres e demoram horas para no fim continuarem indecisas sobre que vestido usar. E quando elas se sentem sozinhas e exigem que adivinhemos o quão sozinhas elas sentem.
É um eterno mistério, um demorado enigma, um extenso questionamento que qualquer moleque do mais carola ao mais safado adoraria decifrar. Mas talvez decifrá-las nem seria o melhor, a eterna tentativa é muito mais saborosa. Olhar insistentemente para elas, ouvir suas gargalhadas seguidas de mazelas, abraçá-las numa dança e sentir seu perfume, fechar os ouvidos quando explodem de ciúme, soar como um animal quando elas adormecem de desejo, bater um papo quando o carinho da amizade for o preço, se inundar na loucura de um beijo sem saber se é o único ou o primeiro. É uma das sortes mais sortudas que se aprende quando menino. Provar o gosto de uma mulher é um perigo que se corre sorrindo.
Toda mulher tem sua medida de mel e fel e o primeiro que provar o doce sem sentir o azedo merece um lugar no céu. Porém melhor é a terra onde nós, moleques, podemos nos deleitar a sonhar com esses seres imperfeitos que erram, e defendo, com todo direito, já que somente umazinha delas é o bastante para fazer homem feito sorrir que nem menino. Mais que isso só dois disso ou os seres que dizem habitar o paraíso. Porém, enquanto a Terra for meu chão e meu pão e minha motivação, o telhado desse firmamento, seguirei escrevendo versos e entoando canções em homenagem a mulher. Pois dela eu vim, por conta dela eu cresci em busca dela eu corri, tropecei, levantei, chorei e sorri e as seguirei buscando que nem abelha que corre atrás de mel. Desculpem meu romantismo exagerado. É que pássaro que é beija-flor não liga nem um pouco para espinhos.
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